Um grande empresário industrial está a morrer. A seu lado, o sócio segura-lhe, amigavelmente, na mão. O moribundo faz-lhe sinal para se aproximar mais e murmura com voz fraca: — Quero aliviar a minha consciência, antes de partir. O desfalque na caixa há três anos fui eu que o fiz. O falso incêndio de há cinco anos fui eu que o ateei. O assalto do ano passado também fui eu. E, como não te quero esconder nada, o amante da tua mulher era eu... Podes morrer em paz — diz o outro. — O arsénico do uísque que bebeste ontem fui eu que o lá pus.
(O citador)
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