sábado, 16 de julho de 2011

Aprenda com o silencio

M



Na natureza, encontramos preciosas lições a nos dizer que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a quietude. São muitos os acontecimentos que se dão em silêncio.

O sol nasce e se põe em profunda calma, penetra suavemente pela vidraça de uma janela, sem a quebrar.

Acaricia as pétalas de uma rosa, sem a ferir, beija a face de uma criança adormecida, sem a acordar.

As estrelas e as galáxias descrevem as suas órbitas com extraordinária velocidade pelas inexploradas vias do cosmo, mas nunca dão sinal de sua presença pelo mais leve ruído.

O oxigênio, poderoso mantenedor da vida, penetra em nossos pulmões, circula discretamente pelo nosso corpo, e nem lhe notamos a presença.
* * *
Aprenda, com o silêncio, a ouvir os sons interiores da sua alma.
Aprenda, com o silêncio, a respeitar o seu eu, a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o templo que é o seu corpo e o santuário que é a sua vida.

Aprenda, com o silêncio, a valorizar o seu dia e a sua vida. A enxergar em você as qualidades que possui e descobrir as imperfeições, despertando a consciência para o que precisa ser aprimorado.

Aprenda, com o silêncio, que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo e escolher as devidas companhias.

Aprenda, com o silêncio, a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, nos momentos de dificuldade e de maior discórdia, calando-se para evitar futuros desafetos.

Aprenda hoje, com o silêncio, que gritar não traz respeito. Que apenas ouvir, em muitos momentos, é melhor do que falar.

Aprenda, com o silêncio, a aceitar alguns fatos, a ser humilde, deixando o orgulho de lado e evitando reclamações vazias e sem sentido.

Aprenda, com o silêncio, a reparar nas coisas mais simples e a valorizar o que é belo.
Aprenda, com o silêncio, que a solidão não é a pior companhia.

Aprenda, com o silêncio, que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e vir, como os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar e como a Terra, que faz a volta completa sobre seu próprio eixo.
* * *
Por vezes, o silêncio pode ser confundido com fraqueza, apatia ou indiferença. Porém, ser capaz de calar-se em certos momentos, é uma grande virtude.
Os verdadeiros mestres sabem ser firmes sem renegarem a mais perfeita quietude e benevolência.

Jesus demonstrou a Sua grandeza, permanecendo sempre em harmonia, sem perturbar-Se em momento algum.

Prossigamos, buscando sempre que possível, o recolhimento e o silêncio que acalma, harmoniza e edifica.

(V.S.)

As levadas da Madeira








Localizada no coração do Oceano Atlântico, a ilha da Madeira, com 57 km de comprimento e 23 km de largura, apresenta-se como a terapia ideal para todos aqueles que necessitam de recuperar do stress citadino, que ambicionam uma reconciliação com a natureza através de deslumbrantes caminhadas a pé e que pretendam usufruir de um serviço de qualidade exercido por profissionais exímios.

Atravessada por uma cordilheira montanhosa, cujo pico mais alto – Pico Ruivo – atinge os 1862 metros de altitude, a ilha da Madeira dispõe de um clima subtropical durante todo o ano que permite realizar passeios a pé ao longo das magnificas Levadas de água construídas desde o século XVI. As famosas levadas, que cruzam todo o comprimento e largura da Madeira, constituem engenhosos sistemas de irrigação compostos por cerca de 2000 km de canais e 50 km de túneis. Estas foram a forma encontrada para aproveitar a água que cai predominantemente a norte. Os ventos de nordeste empurram as nuvens contra as altas montanhas provocando na encosta norte precipitação que pode chegar aos 2 metros por ano.

Ao calcorrear estas obras primas de esforço humano, podemos contemplar uma das maiores relíquias da natureza qualificada pela UNESCO como Património Mundial : falamos naturalmente da Laurissilva onde encontramos o reduto de uma variedade de Flora única no mundo. Destaque-se as Laurássias, as Urzes Molares, Folhados, Pau Branco, Figueiras do Inferno entre muitas outras. Algumas destas plantas são endémicas pois não podem ser encontradas no seu estado selvagem noutro local do globo, outras são comuns apenas ás ilhas da Macaronésia – Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.