sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Lições para bem viver

O pensador russo Gurdjieff, que no início do século passado já falava em auto-conhecimento e na importância de se saber viver, traçou algumas regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Segundo os especialistas em comportamento humano, quem consegue praticar a metade dessas lições, com certeza terá mais harmonia íntima e menos estresse.

As regras são as seguintes:

Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.

Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser, você mesmo.

Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem achar que isso é o máximo a se conseguir na vida.

Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

Saiba que a família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

É preciso ter sempre alguém em quem se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros.

Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca as oportunidades de se divertir.

Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

Por fim, entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que fizer de você mesmo.

Você sabia?

Que grande número de pessoas gasta boa parte do seu tempo em esforços inúteis e desnecessários?

Pois é! Uns gastam horas tentando fazer com que os outros aceitem suas idéias.

Outros perdem horas de sono pensando no que irão dizer no dia seguinte, numa conversa que não acontecerá.

Tem aqueles que se detém por longo tempo alimentando ilusões.

Isso prova que fazemos esforços inúteis ou até prejudiciais ao nosso bem-estar.

Assim sendo, anote as regras de Gurdjieff e prepare-se para uma vida de melhor qualidade.


Autor:
Equipe de redação do momento espírita, baseado em informações contidas no site: http://www.psiconselhos.com.br/psico/dic

A porta mais larga do mundo







Conta-se que um dia um homem parou na frente do pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: dois metros de altura por oitenta centímetros de largura.

Admirado mediu-a de novo.

Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.

Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.

Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.

Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: "parece mentira!" esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos; passaram os meus móveis, a minha casa com terreno.

E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...

Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...

Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia... gole por gole.

Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.

Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça...

Ela ainda me chama insistentemente...

Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!

Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: "você bebe socialmente, lembra-se?"

Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo.

E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo: "quando eu quiser, eu paro".

Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa...

Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo.

Hoje eu sou um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas vítimas.

Por isso é que eu lhes digo, senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...

Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.

Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o jugo da bebida.

E o que é pior, têm esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.

Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.

Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

Você sabia?

Você sabia que, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2001 foram internados 84.467 brasileiros por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool, demandando um gasto de mais 60 milhões de reais?

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil.

Segundo pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 2001, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o consumo começa cedo: em média, aos 13 anos. E o pior é que o álcool é a porta principal de acesso às demais drogas.

E você sabia que a influência da TV e do Cinema nos hábitos de crianças e adolescentes foi recentemente comprovada por pesquisadores da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos?

Por todas essa razões, vale a pena orientar nosso filho para que não seja mais um a aumentar essas tristes estatísticas.


Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e em matéria publicada pela Folha de São Paulo em 24/03/2002, intitulada "Nunca se bebeu tanto na TV.