segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Errar é humanao


Quase acreditei que não era nada,
ao me tratarem como nada.

Quase acreditei que não seria capaz,
quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei que não sabia,
quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.

Quase acreditei ser diferente,
entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos,
entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora,
quando me deixavam de fora porque... que falta fazia?

E de quase acreditar adoeci;
busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.

Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim.

Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesma e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente.

E acreditei profundamente em mim.
E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano
se perceba, se ame, se admire de si mesmo,
como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci:
acreditando.

Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.

E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar,
participar e até de cometer enganos.

E se errar?
Paciência, continuo vivendo por isso aprendendo.
E errar é humano.

Poesia negra


Tudo é negro!
os meus olhos,meu cabelo
o meu cão,meu gato...
a tinta que eu escrevo...
o carro do meu pai...
a minha alma...
os meus sonhos...
sonhos que um dia
quiz transformá-los
em magia branca
mas se desvaneceu
por não acreditar
que essa rosa negra
vinda da tua alma pura
e cristalina como a agua
do rio transbordante
da espuma mais branca...
e tudo se perdeu!
Sim! Tudo é negro!
na minha vida...
E o meu amor ,tambem é negro?
Sim,mas a sua alma
é branca e pura
seus sonhos são divinos
sua alegria tanta...
seu coração de ternura
seus sentimentos são hinos
hinos ao amor
que um dia eu perdi!

joana mendes