segunda-feira, 2 de maio de 2011

Declaração de amor á moda antiga


Ainda guardo na caixinha dos meus segredos a tua carta que nunca respondi...




Querida

Estou ansioso para encontrar-te, preciso comentar o baile de tua formatura. Tu estavas deslumbrante, linda e etérea, deslizando como a aparição de um anjo. Flutuavas no salão ao som de um choro dolente, como se a orquestra soubesse que tu dançavas para eu te ver.
Quando cheguei, foi só ver-te e sentir o impacto. Que coisa mais linda! O teu vestido longo emoldurava o teu lindo corpo, tu bamboleavas com a graça e a beleza de uma ave rara. Naquele momento, sinceramente, eu até perdi a fala, fiquei de boca aberta como um idiota.
Depois, quando te segurei nos braços ao dançar contigo a valsa dos namorados, senti toda a felicidade. Não podia acreditar naquele sonho que vivi ao teu lado. Éramos apenas os dois na multidão, o par mais feliz do salão.
Que grande emoção! Era o teu dia de princesa e eu o teu mais afortunado súdito. O mais feliz dos mortais. Ao escrever esta cartinha fui tão formal que talvez estejas a desconhecer-me. A tua presença majestosa, e o traje a rigor, transformaram-me num indisfarçável romântico.
Só queria dizer que te amo.

Beijos